A elevada afluência de professores às urgências é explicada pelo facto dos protestos terem sido à noite, em dias de baixas temperaturas, geada e chuva. Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof e membro do PCP, já veio a público dizer que “chuva civil não molha militar”, mas que a geada (não a islâmica) atacava de uma maneira que nem as samarras ou as camursines os salvaram.
A ministra defendeu que se tivessem tomado a vacina da gripe e usado kispos, não teriam provocado o caos nas urgências. Aconselhou ainda que, e tendo em conta a existência de uma próxima vez, seria preferível, em vez de esperarem 20h na sala de espera, ficarem em casa a preparar aulas.
José Sócrates diz que não foi afectado por nenhuma destas epidemias e que apanhar, apanhar, só apanhou uma vez, na adolescência, de um vizinho que lá ia a casa e gostava de o abraçar por trás todo nu. Mais tarde, apanhou varicela e tornou-se militante do PS.
Alguns líderes da oposição já vieram comentar as epidemias. Francisco Louçã exigiu que se distribuísse os medicamentos para a gripe em pó ou em folhas de erva, para matar o vírus logo nos pulmões. Manuela Ferreira Leite tentou ironizar mas acabou por manter-se em silêncio.
Mário Nogueira não gostou do que ouviu e, em declarações à comunicação social, afirmou que a epidemia da gripe era uma estratégia do governo, para que não se falasse nos verdadeiros problemas do país: a epidemia das greves dos professores, essa sim muito mais contagiosa e fácil de espalhar.
Se a epidemia das greves está relacionada com o governo, também a da gripe foi inventada pelo governo e espalhada pela comunicação social, para que possam ser vendidos mais medicamentos, pois como se sabe o governo tem uma grande dívida para com a ordem dos farmacêuticos.
Na verdade, nada melhor do que um cãoprimido para acabar com a tosse seca, arrepios, dor de cabeça e Mário Nogueira…