“Depois escrevo-te uma carta…” Subitamente deixaram o que estavam a fazer e olharam para mim completamente chocados: “Uma carta?” Parecia que tinha dito a maior barbaridade do mundo. Os olhares tinham me deixado completamente gelado, (tipo perna de pau!). “Carta já não se usa, manda um mail ou um sms” – disseram quase em uníssono.
Durante vários dias acordava a meio da noite todo suado sempre com aquela frase na cabeça e com mais de dez cobertores em cima. Mas por que raio tinha tantos cobertores?!
Uma carta não me parecia assim uma coisa tão antiga, além do mais tinha aprendido a escrever uma carta na primária. Lembro-me como se fosse há 25 anos. Será que os professores hoje também ensinam a escrever cartas e postais? Se calhar não. O mais provável é que os alunos os ensinem a escrever sms com o menor número de letras.
Tentei saber junto do meu círculo de amigos se escreviam cartas e descobri que um nunca tinha escrito… pior foi descobrir que só tinha um amigo! Aliás, não é bem meu amigo… é um senhor que costuma ajudar-me a estacionar o carro.
Tal como o senhor que me ajudou a estacionar o carro, existia uma dúvida que não me largava… Será que o mail iria substituir por completo a carta? Não estou a ver os senhores do papel reciclado a permitirem isso. E quem é que iria convencer as pessoas a mudar algumas expressões do tipo: “ Mostre-me o seu mail de condução, faz favor” ou “queria um baralho de mail’s”. Deixava de existir a cartomante para passar a existir a mailmante ou o maileiro de mota de porta em porta com um portátil para as pessoas poderem ler o seu mail.
Mas não há razão para alarmes, pois da mesma maneira que a internet não veio tirar clientes aos jornais nem até mesmo à televisão, também o mail não irá acabar com as cartas. Existe sem dúvida uma menor utilização das cartas mas tal facto deve-se à velocidade das nossas vidas. O mail acaba por ser mais rápido e mais actualizado. É tudo uma questão de tempo: a carta demora sempre mais que um dia e o mail demora segundos. A carta leva um selo e o mail é mais rápido do que um estalo.
Por mais planos tecnológicos que se façam, a carta e o mail terão sempre o seu espaço: a carta a partir de 20 gramas e o mail a partir de 2GB.
Durante vários dias acordava a meio da noite todo suado sempre com aquela frase na cabeça e com mais de dez cobertores em cima. Mas por que raio tinha tantos cobertores?!
Uma carta não me parecia assim uma coisa tão antiga, além do mais tinha aprendido a escrever uma carta na primária. Lembro-me como se fosse há 25 anos. Será que os professores hoje também ensinam a escrever cartas e postais? Se calhar não. O mais provável é que os alunos os ensinem a escrever sms com o menor número de letras.
Tentei saber junto do meu círculo de amigos se escreviam cartas e descobri que um nunca tinha escrito… pior foi descobrir que só tinha um amigo! Aliás, não é bem meu amigo… é um senhor que costuma ajudar-me a estacionar o carro.
Tal como o senhor que me ajudou a estacionar o carro, existia uma dúvida que não me largava… Será que o mail iria substituir por completo a carta? Não estou a ver os senhores do papel reciclado a permitirem isso. E quem é que iria convencer as pessoas a mudar algumas expressões do tipo: “ Mostre-me o seu mail de condução, faz favor” ou “queria um baralho de mail’s”. Deixava de existir a cartomante para passar a existir a mailmante ou o maileiro de mota de porta em porta com um portátil para as pessoas poderem ler o seu mail.
Mas não há razão para alarmes, pois da mesma maneira que a internet não veio tirar clientes aos jornais nem até mesmo à televisão, também o mail não irá acabar com as cartas. Existe sem dúvida uma menor utilização das cartas mas tal facto deve-se à velocidade das nossas vidas. O mail acaba por ser mais rápido e mais actualizado. É tudo uma questão de tempo: a carta demora sempre mais que um dia e o mail demora segundos. A carta leva um selo e o mail é mais rápido do que um estalo.
Por mais planos tecnológicos que se façam, a carta e o mail terão sempre o seu espaço: a carta a partir de 20 gramas e o mail a partir de 2GB.
7 comentários:
Já estou a imaginar o Luís de Matos a dizer às pessoas qualquer coisa do tipo "escolha um dos e-mails"... Nessa altura vai ser complicado, ai isso vai!
no meu tempo na era nada assim...
modernisses...
Exmo Sr. CãoPrimido,
Espero que esta minha carta o encontre de saúde que eu cá vou bem, obrigado.
É com muito alivio e satisfação que o reencontro neste espaço que é seu e onde há muito não era visto. Folgo ainda em lê-lo assim tão descomprimido e solto, numa ligeireza que veste bem com um certo ar irónico a que já nos habituou.
O mote desta minha missiva é principalmente descansá-lo. Descansá-lo porque a carta, a velha carta nunca desaparecerá. Nunca desaparecerá enquanto existirem sobre a face da Terra (… ou doutro planeta qq) alguém que se queira comunicar. “Então e o mail?” dirá você indignado. O mail meu caro amigo não é mais que uma evolução da própria carta, uma nova roupagem fruto dos tempos.
O grande culpado de toda esta ansiedade é tão-somente o facto de nos referirmos a uma em português, a carta, e a outra em inglês, mail, ou mais precisamente: e_mail (carta electrónica).
Despeço-me com amizade e fico a aguardar noticias suas.
Receba um abraço,
ZV
...por falar em gramas, não se arranja aí nada?
Mails de amor... quem os não tem... mostre-me o seu mail de condução, por favor.
O mail
É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
e a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua
Numa chama minha e tua.
Venha daí outro post... sugiro um acerca da inevitabilidade da rotunda da geria na vida do... geria!
Caro Pudim,
Concordo em pleno com a sugestão de tema que apontou para o próximo texto... lol lol lol
O geria para falar de rotundas teria de falar primeiro da do Papa... (remember 25/10/2005).. eheh
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