segunda-feira, 24 de julho de 2006

Pousadas de Belém

Finalmente José e Maria chegavam a Belém. A ideia era encontrar um sítio onde pudessem ficar, visto que Maria estava grávida e o burro já não aguentava mais com ela em cima. O que mais preocupava José, era o facto de o filho não ser dele... fazia-lhe uma certa espécie, Maria continuar a dizer que era virgem... era mais fácil o burro falar, do que ela ser virgem... seria a Maria bipolar? Existiria alguma ligação entre a gravidez da Maria e as grandes corridas do leiteiro em pelota pela rua, quando ele chegava mais tarde a casa? Eram estas questões que não deixavam dormir José descansado.
De uma coisa ele tinha a certeza, o filho não era dele!! Essa certeza provinha do facto de Maria o obrigar a usar preservativo, mesmo tendo ela tomado a pílula. Além disso Maria exigia a José que soprasse no preservativo e o colocasse num alguidar de água para confirmar que não estava rôto.
Mas pensando melhor era mais fácil ela ser virgem do que o burro falar... é que se este falasse era bem capaz de envergonhar José, pois era o burro que safava José quando Maria tinha as típicas dores de cabeça.
Neste momento José só queria encontrar um lugar para passar a noite, e eis que na altura em que passava pela praça da república de Belém reparou numa placa que dizia:"Pousada". Nisto, virou-se para a Maria, dizendo:
- Olha lá, o melhor era passar a noite já nesta pousada, que fica mesmo por cima do Jardim da Sereia.
- Por mim tudo bem! É só mesmo para dormir e dar à luz o menino - disse Maria.
Dirigiram-se então para a Pousada da Juventude, tendo José parado no multibanco para levantar vinte e tal euros, pois tinha ideia que seria esse o preço a pagar com direito a pequeno-almoço. Tocaram então à campainha.
- Boa noite... era para passar aqui a noite.
- Olá... tenho aqui um quarto duplo, mas é sem wc. Não se importam de fechar a porta e deixar o burro lá fora?
- Mas ele é quase da família... e têm dado um jeitão, desde que a Maria engravidou.
- Sabe como é, são as normas. Se fosse um cavalo eu ainda facilitava, mas um burro...
José decidiu então prender o burro numa árvore próxima da pousada.
- Se puder dar uma olhada por ele agradecia.
- Só lhe peço é que não deixe lá nada de valor, tipo a carteira, a antena ou o auto-rádio.
- Por acaso tenho tudo. Desde que me roubaram as ferraduras especiais de 16 polegadas, tenho tomado mais atenção.
- Nesse caso, podem deixar aqui os vossos cartões de alberguista para fazer a inscrição?
- Os cartões de quê?
- De alberguista... se tiverem cartão jovem, também dá!(riso á parva)
- Ora porra, pá! Agora é que me lixou... ó Maria, tu por acaso não tens cartão de alberguista?
- Eu nem cartão de eleitor...
- Sem cartão não vos posso deixar entrar, ainda por cima é véspera de natal...
- Se calhar ainda vai ser Natal é hoje, que está quase a rebentar-me as águas...
José pegou então na Maria e no burro e foram á procura de uma residencial. Acabaram então por ficar num hotel de 5 estrelas de seu nome "Estábulo".
- Ora boa noite...ainda têm quartos?
- Boa noite. Só temos vaga na suite presidencial...pode ser?
- Vai ter de ser, ela está grávida e já estamos muito cansados.
- Existe só um pequeno problema... é que o dono do hotel é indiano... e... têm lá uma vaca na suite... se não vos fizer muita diferença.
- Tudo bem... desde que nos deixe levar o burro também para a suite...
- Negócio fechado. Cá está a chave...
Lá ficaram José, Maria, o burro e a vaca na suite presidencial... e o resto da história é conhecida de toda a gente.

3 comentários:

Tiago Sousa disse...

gostei muito desta versão da história olá eu sou o tiago parece-me bem ter uma vaca sagrada a bafejar o filho de deus santo!

Pudim disse...

É com enorme satisfação que vejo um dos meus gurus do humor a iniciar-se na blogosfera. Importa tabaco e vinhos franceses mas também, já agora, importa dizer que fico à espera de ler aqui, por muitos e bons anos, rasgos de genialidade semelhantes aos que tenho tido oportunidade de presenciar, felizmente há já algum tempo, na companhia das lides teatrais. E é também com enorme agrado que verifico se tenho os documentos e também que constato que o Rei Vai Pudico pode, indelevelmente (como quem chama por mim) ser visto aqui como uma influência. José, o carpinteiro bíblico, é o pai da profissão baby-sitter. Ao menos, coitadinho, que seja pai de alguma coisa.

Anónimo disse...

o q tu mereces cão danado é q o pudico te corrija até o q está sem erros ortográficos meu maníaco compulsivo de %#%&/$ (são joão do campo é o q representam os simbolos).. posto isto.. ponho aquilo e a seguir digo q fico feliz de poder acrescentar este blog aos 2 outros.. vá lá,3 blogs de referencia humorística. ui! isto vai ser ela por ela na pole position do humor! =)
"cãoprimido a dragueia q s toma e saboreia" apenas os melhores médicos recomendam: "..tá frio?tussa e diga 33!" =P APROVADO!